terça-feira, 14 de outubro de 2008

Surpreendente – 3 jogos / 3 vitórias

Hat trick de Danny em jogo electrizante…

Segunda jornada da Serie A da 2ª Divisão Nacional de Futsal, a estreia em casa do Gafanha com um ex-primodivisionário, o Rio Ave.
Com a primeira posse de bola a pertencer aos Vila Condenses este mostraram cedo ao que vinham assumindo desde logo as despesas de jogo, estava dado o mote para o cariz da partida.
Com os forasteiros a procurarem desde logo o golo, opunha-se a equipa da casa com um posicionamento consentâneo com a tentativa de atirar o jogo para linhas menos próximas da sua defensiva sem nunca descurar a procura das redes do Rio Ave. A passagem do segundo minuto de jogo o Gafanha inaugura o marcador, num lance não muito comum no Futsal, Rafa o guarda-redes anfitrião recolhe um passe no interior da sua área e com as linhas de passe pressionadas faz a bola sobrevoar todo o campo ate a área contraria onde nas costas do seu defensor aparece Eddy a pentear a bola num subtil toque e a conferir o golo para os anfitriões, lance onde apesar do mérito do nº5 da casa, o guardião contrário não fica ilibado de culpas.
O golo teve o condão de galvanizar ainda mais a equipa Gafanhense que e apesar de se ver muitas vezes encostada a linha dos seis e sete metros defendia muito e bem espreitando sempre o contra golpe, por esta altura os Vila Condenses procuravam de todas as formas violar as redes contrária onde Rafa se cotava com exibição segura dando sempre confiança ao seu último reduto. A equipa do Rio Ave procurava os desequilíbrios nas alas, mas apenas levava perigo através da sua meia distancia, sempre numa toada equilíbrio apesar do maior tempo de posse de bola dos visitantes.
Aos 13m Eddy tem nos pés aquilo que podia ter sido o 2 golo, falhando a emenda ao 2 poste após boa assistência de Joca que lendo bem a entrada do companheiro lhe endossou o esférico não conseguindo este o toque final para as redes. A primeira parte havia de chegar ao fim com a vantagem dos da casa.
Inicio da 2ª parte com o Rio Ave ainda mais pressionante encostando as cordas a defensiva azul, sem conseguir sair do espartilho de forças montado pelo adversário os visitados iam fazendo das tripas coração para manter invioláveis as redes, mas logo no correr do 4º minuto da etapa complementar os visitantes chegavam ao empate através do seu nº6, com a defensiva da casa a ser pouco expedita a pressionar o portador da bola e este a não se fazer rogado e a disparar forte e colocado para o 1-1. Temia-se que este golo afectasse a concentração dos visitados. Fazendo jus a experiencia que leva destas andanças o Gafanha respondeu ao golo do empate. Iria sobressair a codicia pelo golo de Danny, o nº20 dos da casa que num ápice coloca a sua equipa em vantagem, após duas assistências do capitão Joca. Se no primeiro o mérito vai para o passe de Joca que descobriu Danny num diagonal perfeita com este a desviar a bola com um toque em jeito, já o segundo o guarda-redes não ficou isento de culpas apesar do remate forte de Danny.
Pareciam atarantados os Vila Condenses com estes dois murros no estômago, faltavam ainda 14m e os da casa somavam uma importante vantagem no jogo. Vantagem esta que durou pouco, lance rápido de contra golpe e a infelicidade a bater a porta de Danny que na tentativa de interceptar a bola que se dirigia para o 2º poste remata contra o seu próprio guarda-redes que foi impotente para deter a pequena traição, estava o jogo novamente relançado, 3-2 com 13 minutos ainda para o fim da partida e emoção a rodos.
A equipa da casa não se ficou respondendo de imediato, rápida transição, dois três toques e Fonseca na frente da baliza não se fez rogado, dilatando novamente a vantagem, reposta a diferença nos 2 golos assistia-se agora a um jogo de toada e resposta, com a equipa forasteira a tentar de todas as maneiras chegar ao golo mas a esbarrar quase sempre na solidariedade defensiva e na boa organização desta, obrigando desta forma a inúmeros passes falhados. Rio Ave jogava mais com o coração que com a cabeça, o que se reflectia na hora de atirar a baliza e em algumas acções de jogo com menor qualidade.
Fruto dessa desorganização viria ainda a sofrer o quinto golo naquela que foi a melhor jogada do desafio, com a bola percorrer a totalidade dos jogadores. Recuperação na zona defensiva após um dois contra um bem feito sobre a linha lateral, rápida circulação de bola e Eddy que esteve sempre muito endiabrado durante o jogo faz a assistência para o Hat-Trick de Danny, faltavam 9m para o dealbar do jogo.
Os forasteiros sempre com registo atacante, procurando incessantemente os desequilíbrios individuais através de Paulinho e Ricardinho, forçavam a nota e apostavam agora na subida do 5 elemento. O Gafanha não conseguia agora sair com qualidade da pressão exercida logo a saída da sua área e procuravam no pontapé longo para as costas do adversário, respirar e aliviar da pressão onde apesar de alguns sobressaltados foi levando a água ao seu moinho, contudo com sete minutos para se jogar surgia o 5-3 e voltava o Rio Ave a acreditar ser possível levar pelo menos um ponto da casa do seu adversário. Com o relógio a parecer estagnado o jogo foi caminhando para o seu fim, e ainda que nem sempre bem jogado cada jogada era disputada ate ao limite, sendo cada posse de bola conquistada com afinco e agressividade bem perto dos limites legais.
Os Vila Condenses haveriam ainda de ver coroado de êxito aposta deliberada em jogar com o 5º elemento chegando ao seu quarto golo quando faltavam 52 seg. para se jogar. Foi um final de jogo intenso com as 2 equipas a lutarem desenfreadamente, uma pelo golo do empate, outra pela vitória, desígnio esse que acabaria por sorrir aos da casa merecidamente.
Em suma foi um grande espectáculo que o muito público pode presenciar, tendo dado por bem empregue o tempo despendido. O Gafanha soma assim mais 3 importantes pontos na luta pelo seu objectivo e ao fim da 2ª jornada é já por certo uma das grandes surpresas deste campeonato, mostrando trabalho e dedicação.
Ficam por fim algumas notas importantes, a primeira vai para a dupla de arbitragem que esteve em excelente nível deixando jogar no limite sem nunca perder o pulso do jogo. Depois referir no capítulo individual Eddy que esteve com a corda toda, marcando e dando a marcar e ficando ainda muito perto de bisar num lance em que ficam muitas dúvidas sobre se a bola terá ou não entrado. Danny em destaque pelo seus 3 golos sobretudo pela altura em que os conseguiu fazer, depois habitual solidez e experiencia de Joca e Dário que foram uns baluartes na hora de defender, roubar bolas e fechar linhas de passe. Fonseca com um golo e com grande disponibilidade física e grande espírito de missão e arreganho táctico, foi outro dos elementos com quem o Mister Jorge Vilarinho pode contar na hora do aperto. Rafa foi sempre um Guardião seguro e concentrado transmitindo sempre grande serenidade a equipa e empurrando os seus companheiros para o ataque mesmo na hora de maior aflição.
Jogaram ainda Hugo Alves, “Bi” e João que apesar de terem pouco tempo de futsal estão a crescer dia após dia.
Com toda a equipa a cotar-se em bom nível destacamos contudo o enorme espírito de equipa que foi sendo transmitido do banco para dentro do jogo provando que quando se ganha, ganham todos e não só aqueles que jogam…

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